Oshawa

Organizações Comunitárias:

Clube Português de Oshawa - Northern Portugal Cultural Centre

POPULAÇÃO DE OSHAWA: 170,071

ESTATÍSTICAS RELACIONADAS COM OS PORTUGUESES EM OSHAWA:

COMO LÍNGUA
MATERNA
COMO MAIS
FALADA
CONHECIMENTO
DA LÍNGUA
NASCIDOS
PORTUGAL
ORIGEM
ÉTNICA
2,200
(1.3% da população)
735
(0.4% da população)
2,575
(1.5% da população)
1,225
(0.7% da população)
7,830
(4.6% da população)
Fonte: Statistics Canada

Versão de áudio (disponível apenas em inglês):

Antes de ser elevada a cidade, esta localidade era um ponto de comércio popular entre os povos indígenas do Canadá e os europeus. Por volta de 1670, os franceses construíram um posto comercial nas margens do Lago Ontário, que foi posteriormente abandonado. Oshawa começou a povoar-se em números significativos durante os anos 1700, depois de Roger Conant estabelecer aqui uma lucrativa empresa de exportação de salmão para os Estados Unidos da América. Os americanos que se refugiaram aqui da Guerra de 1812, foram, coincidentemente, os responsáveis ​​pelo crescimento de Oshawa.

A Kingston Road, construída para ligar York (agora Toronto) a Kingston, ajudou Oshawa a crescer ainda mais. A esquina da Kingston Road com a Simcoe Street, conhecida como Oshawa's Four Corners, tornou-se um local muito popular para os viajantes que passavam pela localidade.

Oshawa significa “O Local de Travessia”, mas a versão mais precisa é tirada de um dialeto Ojibway que significa “aquele ponto da travessia do rio onde se trocou a canoa pelo atalho”.

Em 1850, Oshawa foi elevada a Vila. Duas décadas e meia depois, em 1876, o Coronel Robert Samuel McLaughlin transferiu a sua fábrica de carruagens para Oshawa e, três anos depois, a localidade foi oficialmente elevada a cidade. Em 1907, McLaughlin começou a montar o Buick nesta fábrica e, em 1915, adquiriu os direitos para fabricar o Chevrolet. Esta indústria continuou a crescer e a atrair mais residentes para a localidade. Durante a década de 1920, a cidade cresceu de meros 4,000 para 16,000 habitantes. O sucesso de Coronel McLaughlin foi tal que, com parte dos lucros da sua empresa, construiu o Parkwood Estate Mansion, um dos edifícios mais famosos do Canadá, com 55 quartos, que faz agora parte do Alexandra Park.

Parkwood Estate Mansion (foto de Jeff Hitchcock)

Dada a história da indústria automóvel na cidade, não foi surpresa para ninguém quando a General Motors (GM) mudou a sua fábrica de montagem para Oshawa, em 1951. Eventualmente, a fábrica de Coronel McLaughlin acabou por fechar, mas a divisão canadiana da GM continuou a crescer. Foi precisamente este crescimento que atraiu muitos luso-canadianos para a cidade.

Alguns dos portugueses que inicialmente se estabeleceram em Toronto viram em Oshawa uma oportunidade de crescer e prosperar no Canadá. No entanto, a comunidade levou algum tempo para se tornar suficientemente grande para formar uma organização comunitária. Em 1978, Oshawa tinha cerca de mil residentes portugueses. Isso impulsionou alguns a iniciar o processo de fundação de um clube naquele mesmo ano. Assim, o Clube Português de Oshawa foi fundado por cinco homens: Vitor Silva (que viria a ser o primeiro presidente), Chico Branco, António Bonifácio, Fernando Sousa e Rafael Roberto.

A comunidade continuou a crescer, dando origem a um rancho folclórico independente do clube recém-formado – Rancho Folclórico do Minho de Oshawa. Este grupo acabaria por levar à fundação de outra organização comunitária local portuguesa – Northern Portugal Cultural Centre, em 1983.

A onda de imigração oriunda de Portugal na década de oitenta ajudou essas duas organizações a se solidificarem e prosperarem. Atualmente, ambos possuem ranchos folclóricos, são proprietários das suas sedes, e organizam regularmente atividades sociais, culturais e desportivas para os seus sócios e amigos.

A constante ameaça da GMC em abandonar Oshawa levou alguns a acreditar que a cidade se tornaria num lugar indesejável para viver e para trabalhar. No entanto, os números mostram o contrário: a cidade está a crescer rapidamente e, com isso, a solidificação de uma comunidade portuguesa multigeracional que continua extremamente participativa na celebração da nossa cultura.

Com ficheiros da Revista Luso-Ontário, 2008
Se notar erros ou deturpações no artigo, envie um e-mail para contact@lusocanada.com
Ajude-nos a escrever a nossa História. Contribua com o seu relato, memória ou experiência relacionada com esta organização enviando um e-mail para contact@lusocanada.com.